quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz Natal


Que este dia possa lhe trazer
momentos de fé e de esperança.
Que você possa fazer deste dia...
todos os dias da sua vida.
Que a paz possa reinar...
eternamente em seu coração...
Deixando que a alegria...
se manifeste em todos os momentos
da sua vida.

São os meus sinceros desejos...

para você neste natal.


Logo em breve:

Stefan Tornquist consultório de Fisioterapia

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Síndrome da Dor Fêmoropatelar

A Síndrome da Dor Fêmoropatelar (SDFP) pode ser definida como a dor patelofemoral resultante de alterações físicas e biomecânicas nesta articulação (Haupenthal; Santos, 2006), sendo agravada durante atividades funcionais como subir e descer escadas, agachar e permanecer sentado por tempo prolongado (Bevilaqua-Grossi; Felicio; Silvério, 2009). A prevalência deste problema é alta porque pode ocorrer em pacientes com uma ampla gama de níveis de atividades física (Earl; Hoch, 2010).

A etiologia da SDFP não é claramente definida, entretanto, existem diversos fatores relacionados com o equilíbrio estático e dinâmico que contribuem para o surgimento desta desordem (Oliveira et al, 2007). De etiologia multifatorial considera-se atualmente o mau alinhamento do membro inferior, o desequilíbrio da musculatura extensora, a insuficiência do Vasto Medial Oblíquo (VMO), fraqueza da musculatura do Quadril, atividade excessiva, a diferença entre o início da contração muscular entro VMO e o Vasto Lateral (VL) e a incongruência entre a patela e o sulco troclear como fatores contribuintes para a origem da dor anterior do joelho (Gramany-Say et al, 2006).

A SDFP é uma das desordens dolorosas mais comuns que acometem o joelho, compreendendo cerca de 25% das lesões de joelho tratadas em clínicas de medicina esportiva (Miyamoto, Soriano e Cabral, 2010). Atinge um em cada quatro indivíduos, afetando mais comumente adolescentes e adultos jovens de 15 a 35 anos, principalmente mulheres jovens e sedentárias (Bevilaqua-Grossi; Felicio; Silvério, 2009 e Santos et al, 2008).

Com início insidioso (Miyamoto, Soriano e Cabral, 2010), caracterizada por dor peri ou retropatelar, sendo exacerbada por atividades como subir e descer escadas, sentar por um longo período(sinal do cinema positivo), agachar ou ajoelhar, nas quais há um aumento das forças compressivas na articulação fêmoropatelar (Cabral; Melim; Sacco; Marques, 2008).

A maioria dos pacientes com SDFP respondem favoravelmente a intervenção conservadora (Boling et al, 2006). Kannus et al, 1999 relata êxito em 76% na reabilitação conservadora. O tratamento conservador leva a um alívio dos sintomas na maioria dos pacientes e geralmente incluem exercícios de fortalecimento, alongamento muscular, controle motor, modalidades terapêuticas e uso de antiinflamatórios (Cabral et al, 2007).

Segundo Song et al, 2009 foram descritos vários protocolos de reabilitação para tratar da SDFP, porém não há dados objetivos que determinem a melhor forma de tratamento conservador dessa síndrome (Cabral; Melim; Sacco; Marques, 2008).

Kettunen et al, 2007 compararam os resultados de pacientes que realizaram artroscopia de joelho associada a exercícios e pacientes que realizaram somente exercícios, 7x semana durante 8 semanas e avaliaram os resultados após o período de 8 semanas, 9 meses e 24 meses após o tratamento e concluíram que não houve diferença nos resultados do grupo que realizou artroscopia com o grupo que somente realizou os exercícios.

Com o objetivo de recuperar o equilíbrio e a função dos músculos extensores do joelho e restituir a estabilidade na articulação, os exercícios em CCA e CCF têm sido amplamente empregados em programas de reabilitação dos distúrbios fêmoropatelares. Durante a realização de exercícios em CCA o músculo quadríceps femoral atua de forma isolada, favorecendo o aumento das forças de compressão fêmoropatelares (Yip; Ng, 2006). Os exercícios em CCF geram co-contração muscular e proporcionam maior estabilidade articular, além de reproduzirem movimentos funcionais comumente executados nas atividades de vida diária (Wilk et al, 1996).

De acordo com Steimkamp et al, 1993 durante a execução de exercícios em CCA devem ser evitados os últimos graus de extensão do joelho, já que nesta angulação há menor contato articular, porém as forças compressivas são distribuídas sobre uma pequena área, aumentando o estresse fêmoropatelar. Quanto aos exercícios em CCF os autores sugerem que sejam evitados ângulos acima dos 45 graus de flexão do joelho, pois apesar de maior estabilidade articular com incremento da flexão há também aumento das forças compressivas e maior estresse fêmoropatelar.

No estudo de Cabral et al, 2007 verificou-se a dor e a capacidade funcional, flexibilidade, ângulo Q e a eletromiografia (EMG) entre VMO e VL de indivíduos com SDFP que praticaram durante 8 semanas um protocolo de 5 séries de 10 repetições de flexão e extensão de joelho em CCA ou em CCF e verificaram que não houve diferença significativa entre os resultados obtidos entre os grupos. Porém no estudo de Fehr et al, 2006 constatou-se melhora na dor e na capacidade funcional maior nos indivíduos que realizaram os exercícios em CCF, mas no que se refere a atividade elétrica entre VMO e VL os resultados foram semelhantes.

Tyler et al, 2006 realizaram estudo utilizando-se também de exercícios em CCA e em CCF, mas acrescentaram em seu protocolo a flexibilidade da musculatura do Quadril e encontraram excelentes resultados na diminuição da dor, melhora da flexibilidade e ganho de força muscular em flexores de Quadril. Neste estudo os participantes realizaram protocolo de reabilitação 7x semana durante 6 semana, diferentemente dos estudos de Cabral et al, 2007 e Fehr et al, 2006 que reabilitaram seus pacientes durante 8 semanas de 2 a 3 vezes por semana, respectivamente.

Miyamoto, Soriano e Cabral, 2010 estudaram a diminuição da dor, melhora da capacidade funcional e do alinhamento do membro inferior a partir de um protocolo de auto-alongamento de Isquiotibiais (IT), Quadríceps e Tríceps Sural em pacientes com SDFP e constataram melhora do ângulo Q e da capacidade funcional, diminuição da dor e melhora do momento de força dos extensores e flexores do joelho. Cabral et al em 2007 compararam o efeito do alongamento pelo método da Reeducação Postural Global(RPG) e o alongamento tradicional, estático dos IT e Gastrocnêmios e verificaram uma melhora quanto a dor, capacidade funcional e flexibilidade em ambos os grupos, porém com uma melhora mais acentuada no grupo que realizou alongamento pelo método do RPG.

Sacco et al em 2006 realizaram protocolo de alongamento da cadeia posterior, anterior e lateral associado com isometria de Quadríceps durante o mini-agachamento, durante 5x semana por 5 semanas e obtiveram melhora na funcionalidade, no alinhamento dos pés e joelhos e aumento da atividade elétrica dos vastos nos pacientes com SDFP, entretanto não tiveram sucesso quanto a redução da dor.

Segundo Neptune; Herzog, 2000 o atraso no início da atividade elétrica do VMO em no mínimo 5 milisegundos relativo ao VL, aumentaria o pico e a força de reação da patela sobre a tróclea, o que poderia ocasionar dor anterior no joelho. Cowan et al., 2002 refere que a dor patelofemoral está associada com o desequilíbrio muscular entre VMO e VL, e exercícios que apresentem uma melhora no equilíbrio dos estabilizadores patelares devem ser realizados durante os programas de reabilitação fisioterapêutica.

Muito já se pesquisou sobre a ativação do VMO e do VL, Bevilaqua-Grossi; Felicio; Silvério, 2009; Bevilaqua-Grossi; Felicio; Leocádio, 2008; Santos et al, 2008. Já foram utilizados diferentes posicionamentos do Membro Inferior na realização dos exercícios tanto em CCA como em CCF, Gramani-Say, et al, 2006. Seguindo esta idéia Keet; Gray; Yolande; Lambert, 2007 pesquisaram a utilização do Taping patelar com glide medial na diminuição da dor e na força isocinética e isométrica e a EMG do VMO e VL em CCA e em CCF e constataram que não houve melhora da dor nem aumento da força de Quadríceps no grupo do taping e ocorreu uma diminuição da atividade elétrica do VMO neste mesmo grupo.

Já no estudo de Aminaka, e Gribble, 2008 também se utilizou do taping patelar com glide medial durante 3 excursões anteriores no SEBT, para avaliar a cinemática do joelho e do Quadril, distância alcançada no teste e a dor e conclui-se que houve melhora na dor e na distância alcançada no SEBT no grupo com SDFP com o taping patelar.

Assim como a utilização do taping patelar, o uso das órteses nos pés também é utilizado como alternativa ou complemento para a Fisioterapia. As órteses são normalmente usadas para tratar pessoas ativas com a SDFP (20).

Collins et al em 2008 realizaram estudo com 179 participantes, realizando 6 semanas de tratamento, incluindo taping patelar, mobilização patelar, treinamento de VMO com Biofeedback e alongamento associado ao uso ou não de órteses ou palmilha e verificaram o resultados de forma longitudinal até 52 semanas após o tratamento, os resultados apontaram melhores resultados das órteses em relação as palmilhas em 6 semanas, porém quando comparados com os grupos que associaram o uso da órtese com a Fisioterapia ou somente a Fisioterapia não obtiveram diferença nos resultados.

Em um estudo experimental realizado por Brantingham et al, 2009 comparou-se a eficácia da técnica de manipulação do joelho associado com exercícios e entre a manipulação lombossacra, sacroilíaca, quadril, joelho e tornozelo mais a realização de exercícios, observou-se melhores resultados quanto a dor e a satisfação do paciente após 2 meses para o grupo que associou exercícios a manipulação de todo membro inferior, região lombossacra e sacroilíaca.

Após esta análise da literatura pode-se concluir que o tratamento conservador na Síndrome da Dor Fêmoropatelar proporciona diminuição nos principais sinais e sintomas apresentados por esta patologia, principalmente tratando-se da dor e da incapacidade funcional apresentados pelos indivíduos. Porém, também podemos observar uma carência na definição quanto aos exercícios mais indicados, a intensidade, a especificidade dos exercícios bem como na sua periodização.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Para marcar o retorno um artigo de Fisiologia do Exercício

Aspectos Relacionados Com a Otimização do Treinamento Aeróbio Para o Alto Rendimento

O objetivo por parte dos autores deste estudo foi apresentar recomendações visando à otimização do treinamento aeróbico, a partir do conhecimento dos índices de aptidão funcional e seus mecanismos fisiológicos, para tal objetivo o enfoque dado foi aos treinos intervalados de alta intensidade.

Atualmente tratando-se de atletas altamente treinados a precisão na elaboração da carga de treinamento pode ser a diferença para a conquista da vitória. Nestes indivíduos é comum a carga de treinamento oscilar entre estímulos apenas excitatórios e o excesso de carga, levando o atleta muitas vezes a iniciar com sintomas característicos da síndrome do overtraining.

Em pessoas destreinadas, após iniciarem uma atividade física ocorrem alterações fisiológicos rápidas no consumo máximo de oxigênio (VO2máx), aumento do número de capilares sanguíneos, aumento da atividade enzimática bem como aumento das reservas de glicogênio, porém estes aumentos não se verificam em atletas altamente treinados, sendo este um dos vieses importantes na prescrição de exercícios e em boa parte da literatura sobre o assunto que muitas vezes valem-se de dados obtidos em estudos com pessoas destreinadas ou atletas recreacionais.

Segundo os autores a partir do momento que o indivíduo atinja um VO2máx na casa de 60ml\Kg\min o desempenho de resistência não irá mais ser incrementado apenas no volume de treino submáximo. Ou seja, quanto mais condicionado for o indivíduo maior serão as intensidades necessárias para promover e manter as adaptações.

A otimização de um programa intervalado de alta intensidade refere-se a busca da melhor relação entre intensidade do exercício, duração e número de esforços, bem como a duração e o tipo de recuperação, seja ativa ou passiva, entre os esforços. Essas variáveis são manipuladas conforme a periodização do treinamento (microcliclos, mesociclos e macrociclos), estado de treinamento e respostas à individualidade biológica.

Para a prescrição de intensidade tem se estudado inúmeras variáveis, entre elas incluem-se o consumo máximo de oxigênio, menor intensidade onde o VO2máx é atingido, máxima fase estável de lactato sangüíneo e limiar de lactato, ou simplesmente a utilização da relação velocidade\intensidade que o atleta mantém durante a prova. Para muitos colocar um atleta para se exercitar em intensidades próximas a da prova, garantiria estímulos capazes de melhorar o rendimento na intensidade desejada. Porém, esta forma vai de encontro da utilização da prescrição da intensidade pelas rotas metabólicas a serem treinadas, ou seja, cada vez mais utilizasse o conhecimento do tempo ou do estímulo necessário para treinar, tanto capacidade como potência das rotas metabólicas.

A forma de prescrição da intensidade do exercício defendida pelos autores para ser utilizada em um treinamento intervalado de alta intensidade é a menor intensidade onde o VO2máx é atingido(IVO2máx), isto devido ao aumento do VO2máx e na performance do atletas serão somente alcançados treinando na IVO2máx ou acima dela.

Nestes treinamentos mais intensos as fibras do tipo II seriam induzidas a trabalhar de forma aeróbica, pois são mais recrutadas, aumentando sua capacidade oxidativa, aumentando a capacidade oxidativa total e também ser um estímulo para acelerar a síntese de glicogênio, uma vez que as fibras glicolíticas possuem maior velocidade de ressíntese de glicogênio, além de serem capazes de utilizar maior quantidade de lactato para reconversão ao glicogênio.

Há pouco tempo utilizava-se a freqüência cardíaca como parâmetro para decidir a carga de treinamento a ser imposta aos atletas, hoje vem sendo utilizado o conhecimento sobre a contribuição dos metabolismos energéticos, este conhecimento é importante já que, o quanto cada sistema energético é utilizado em determinado treino, a quantidade de metabólicos acumulados e substratos energéticos utilizados e o tempo que leva para recuperar são aspectos importantes no treinamento.

Dependendo da intensidade, os períodos incompletos de recuperação podem fazer com que um determinado treinamento com uma rota metabólica adquira características de outra rota, à medida que um sistema energético entre em fadiga ou com uma duração acima do ideal. Porém, este mesmo raciocínio pode ser utilizado intencionalmente uma vez que o treinador queira dentro do seu microciclo utilizar tempos incompletos de recuperação em exercícios de curta duração com característica anaeróbica podem ser realizados com maior intensidade e com predomínio do metabolismo aeróbico.

Comumente observamos a dificuldade encontrada em programar a freqüência dos estímulos. As cargas de treinamento muitas vezes oscilam entre a carga insuficiente e o estímulo excessivo, podendo levar ao excesso de treinamento. A programação da carga deve ser ótima. Se a freqüência for baixa o próximo estímulo será realizado após a fase de adaptação, onde já estaria ocorrendo uma queda na capacidade adquirida. Da mesma forma se a freqüência for muito elevada os estímulos aplicados serão na fase de recuperação, antes do período de supercompensação, o que pode levar a lesões, queda do rendimento e em alguns casos ao overtraining.

Neste sentido recomenda-se uma ou duas sessões por semana de treinamento de lata intensidade com um intervalo de 36 horas entre as sessões. Este intervalo deve-se ao fato que após o glicogênio muscular estar depletado ele pode demorar de 12 a 36 horas para se recuperar e também é tempo suficiente que demais alterações corpóreas durante o exercício se restabeleçam como pequenos reparos nas mitocôndrias, fibras musculares e demais tecidos moles devido principalmente as contrações excêntricas.

Uma forma de minimizar estes erros quanto a duração, intensidade e repouso e identificar detalhes específicos da resposta ao treinamento e melhor o planejamento, rendimento final, é manter um diário dos treinos, das cargas de utilizadas e os períodos de recuperação implementados.

domingo, 9 de maio de 2010

São Leopoldo Futebol Clube

Hoje o post será uma menção a realização de um sonho a muito cultivado.
A área que sempre mais me chamou atenção foi a Fisioterapia Esportiva. Durante toda infância e adolescência pratiquei diversos esportes, nunca cheguei a me destacar em nenhum deles, apesar de me esforçar bastante. Porém, Desde os meus 14, 15 anos quando decidi ser Fisioterapeuta, trabalhar junto com atletas sempre foi meu maior objetivo, inclusive a escolha da universidade se deu devido a possibilidade de poder atuar durante o estágio junto ao Esporte Clube ULBRA. Agora esta possibilidade está se tornando realidade, já que ingressei como o Fisioterapeuta do São Leopoldo Futebol Clube, time iniciado a partir de um projeto concreto que vem sendo desenvolvido há 3 anos e já vem apresentando bons resultados dentro e fora de campo. Agora é mostrar serviço, implantando um serviço de reabilitação da melhor forma possível, as dificuldades serão grandes mas o entusiasmo e a vontade serão ainda maiores. Torçam por esta idéia e acreditem nos seus sonhos.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Testes para o Joelho

- Membros Pendentes: paciente em DV com as pernas para fora da maca observar o tensionamento dos ísquios tíbiais.

- Flexão e Extensão (ativa e passiva): observar o grau de força muscular, sempre testando primeiro ativamente e depois passivamente.

- Patela : verificar se há liquido em excesso; teste do rechaço (percutir com 2 dedos em cima da patela e observar se ela vai flutuar). Observar também o movimento dela (passivamente), se há crepitação ou hipersensibilidade.

- Teste para Joelho de Saltador: impõem-se resistência contra o movimento de extensão do joelho, detecta tendinite patelar (infra, supra) ou do quadríceps (acima de 3 dedos).

- Teste da Gaveta Anterior: detecta instabilidade anterior do joelho. O paciente deita em DD com o joelho fletido a 90o. O examinador senta-se sobre o ante-pé do paciente. Com o pé do paciente em rotação neutra, o examinador puxa para frente segurando na parte proximal da panturrilha. Ambos os membros inferiores são testados. O teste é positivo se houver movimento anterior excessivo da tíbia em relação ao fêmur.

- Teste Cruzado: detecta instabilidade ântero-lateral do joelho. Com o paciente em pé e com a perna não afetada cruzada sobre a perna de teste, o examinador firma o pé da perna de teste pondo o seu próprio pé cuidadosamente sobre ele. O paciente roda o dorso superior para o lado oposto da perna lesada aproximadamente 90o. Nesta posição o paciente é solicitado a contrair os músculos do quadríceps. Se a contração produzir uma sensação de “falha” no joelho, então o teste é positivo.

- Teste de Godfrey: detecta frouxidão do LCP. Paciente DD, segura-se a perna do paciente distalmente em 80o. Teste positivo se houver um deslizamento da tíbia posteriormente.

- Childress: detecta lesão meniscal. Paciente irá agachar-se com uma perna fletida e a outra estendida. Pedir para ele se levantar; caso haja lesão meniscal o paciente irá relatar dor neste movimento.

- Teste de Hugston (sinal de solavanco): identifica a presença de instabilidade rotatória ântero-lateral do joelho. O paciente deita em DD com o joelho fletido em 90o. O examinador segura o pé do paciente com uma mão enquanto a outra mão apóia-se sobre a face lateral proximal da perna distalmente ao joelho. Uma força em valgo é aplicada no joelho e a tíbia é rodada internamente enquanto o joelho é lentamente estendido. O teste é positivo se, quando o joelho é gradualmente estendido, entre 30o e 40o de flexão o platô tibial lateral repentinamente subluxa para frente com uma sensação de solavanco.

- Teste de Lachman: identifica lesão no ligamento cruzado anterior (LCA). O paciente deita-se em DD e o examinador estabiliza o fêmur distal com uma mão e segura a tíbia proximal com a outra mão. Com o joelho mantido em flexão leve, a tíbia é movimentada para frente sobre o fêmur. O teste é positivo quando há uma sensação final macia e um movimento excessivo da tíbia.

- Teste de Pivô Shift: deslizamento do pivô ( platô tibial) em relação ao fêmur. Realiza-se uma rotação interna (inversão) com flexão da..... . Detecta lesão do LCA.

- Teste de Losee: identifica instabilidade rotatória ântero-lateral do joelho. Com o paciente em DD e relaxado, o examinador apóia o pé do paciente de modo que o joelho fique fletido a 30o e a perna externamente rodada e encostada no abdômen do examinador. Mão na fíbula + extensão da perna + rot. int.(inversão) + apoio em valgo no joelho.

- Teste MacIntosh (deslocamento pivô lateral): identifica instabilidade rotatória ântero-lateral. O examinador segura a perna com uma mão e coloca a outra mão sobre a face lateral proximal. Com o joelho em extensão, aplica-se uma força em valgo e roda-se internamente a perna enquanto o joelho é fletido. Entre 30o a 40o de flexão, observa-se um salto repentino quando o platô tibial lateral, o qual tinha subluxado anteriormente em relação ao côndilo femoral, repentinamente se reduz.

- Teste Slocum ALRI: identifica instabilidade rotatória ântero-lateral. O paciente deita-se em DL sobre a perna não afetada, com os quadris e joelhos fletidos a 45o. O pé da perna de teste é apoiado sobre a mesa em rotação medial com o joelho em extensão. O examinador aplica uma força em valgo no joelho enquanto o flete. O teste é positivo se a subluxação do joelho é reduzida entre 25o e 45o.

- Teste de Slocum: identifica lesão ântero-lateral do joelho. O paciente é posicionado em DD, com o joelho fletido a 90o e o quadril fletido a 45o. o examinador senta-se sobre o pé do paciente, o qual está rodado internamente a 30o. o examinador segura a tíbia e aplica sobre ela uma força direcionada anteriormente. O teste é positivo se o movimento tibial ocorre primeiramente do lado lateral. O teste também pode ser usado para identificar instabilidade rotatória ântero-medial. Esta versão do teste é feita com o pé rodado lateralmente a 15o; o teste é positivo se o movimento tibial ocorre primariamente no lado medial.

- Teste do Toque ou Deslizamento (esfregadela): identifica um derrame leve no joelho. Começando abaixo da linha articular na face medial da patela, o examinador desliza proximalmente a palma e os dedos até a bolsa suprapatelar. Com a mão oposta, o examinador desliza os dedos sobre a face lateral da patela. O teste é positivo se uma onda de líquido aparece como uma leve saliência na borda distal medial da patela.

- Teste do Golpe Patelar: identifica derrame articular significativo. O joelho é fletido ou estendido até o desconforto e o examinador bate levemente sobre a superfície da patela. O teste é positivo se o examinador sentir flutuação da patela.

- Teste de Estresse da Adução (varo): o examinador aplica um estresse varo no joelho do paciente enquanto o tornozelo está estabilizado. O teste é feito com o joelho do paciente em extensão completa e então com 20o a 30o de flexão. Um teste positivo com o joelho estendido sugere um rompimento importante dos ligamentos do joelho, enquanto que um teste positivo com o joelho fletido é indicativo de lesão de ligamento colateral lateral.

- Teste de Estresse da abdução (valgo): o examinador aplica um estresse valgo no joelho do paciente enquanto o tornozelo está estabilizado. O teste é feito primeiramente com o joelho em extensão completa e depois repetido com o joelho a 20o de flexão. O movimento excessivo da tíbia distanciando-se do fêmur indica um teste positivo. Os achados positivos com o joelho em extensão completa indicam um rompimento importante dos ligamentos do joelho. Um teste positivo com o joelho fletido é indicativo de lesão do ligamento colateral medial.

- Teste de compressão de Apley: detecta lesões meniscais. O paciente deita-se em DV com os joelhos fletidos a 90o. O examinador aplica uma força compressora na planta do pé e faz uma rotação interna e externamente. O teste é positivo se o paciente relata dor em qualquer lado do joelho, sendo indicador de lesão meniscal no respectivo lado.

- Teste de Desvio à Palpação de Steinman: com o paciente em DD, flexionar o quadril e o joelho a 90 graus. Colocar os dedos polegar e indicador sobre as linhas articulares medial e lateral do joelho respectivamente. Com a mão oposta, pegar o tornozelo e alternadamente , flexionar e estender o joelho enquanto você palpa a linha articular. Quando o joelho é estendido, o menisco move-se para frente; e quando é flexionado, o menisco move-se para trás. Se o paciente sentir a “dor” mover-se anteriormente na extensão, ou posteriormente quando o joelho é flexionado; então é suspeitada uma ruptura ou lesão do menisco.

- Teste de tração de Apley: detecta lesão ligamentar. O paciente na mesma posição do teste acima, só que se fazendo uma tração no lugar de uma compressão. O teste dará positivo se o paciente relatar dor.

- Teste de Retorno: identifica lesões meniscais. O paciente deita-se em DD e o examinador segura o calcanhar do paciente com a palma da mão. O joelho do paciente é fletido totalmente e então estendido passivamente. Se a extensão não for completa ou apresentar uma sensação elástica (“bloqueio elástico”), o teste é positivo.

- Teste de Helfet: identifica lesões meniscais. O mecanismo de “parafuso” é observado durante a extensão completa. Com um menisco lacerado e bloqueado a articulação, o tubérculo tíbial permanece levemente medial em relação à linha média da patela, impedindo o ;limite final da rotação externa.

- Teste da Plica de Hughston: identifica uma plica suprapatelar anormal. O paciente em DD o examinador flete o joelho e roda medialmente a tíbia com braço e mão enquanto que, com a outra mão, a patela é levemente deslocada medialmente com os dedos sobre o curso da plica. O teste é positivo se um “pop” é provocado na plica enquanto o joelho é fletido e estendido pelo examinador.

- Teste de McMurray: identifica lesões meniscais. Com o paciente em DD, o examinador segura o pé com uma mão a palpa a linha articular com a outra. O joelho é fletido completamente e a tíbia movimentada para frente e para trás e então mantida alternadamente em rotação interna e externa enquanto o joelho é estendido. Um clique ou crepitação pode ser sentido na linha articular no caso de lesão meniscal posterior, quando o joelho é estendido.

- Teste de O’Donogue: detecta lesões meniscais ou irritação capsular. O paciente deita-se em DD e o examinador flete o joelho em 90o, roda-o medialmente e lateralmente 2 vezes e então o flete completamente e roda-o novamente. O teste é positivo se a dor aumentar na rotação.

- Teste de Wilson: identifica osteocondrite dissecante. O paciente senta-se com a perna na posição pendente. O paciente estende o joelho com a tíbia rodada medialmente até a dor aumentar. O teste é repetido com a tíbia rodada lateralmente durante a extensão. O teste é positivo se não houver dor quando a tíbia estiver rodada lateralmente.

- Teste de Apreensão: identifica deslocamento da patela. O paciente deita-se em DD com o joelho em 30o de flexão. O examinador cuidadosa lentamente desloca a patela lateralmente. Se o paciente parece apreensivo e tenta contrair o quadríceps para trazer a patela de volta à posição neutra, o teste é positivo.

- Sinal de Clarke: identifica a presença de condromalácia da patela. O paciente deita-se relaxado com os joelhos estendidos enquanto o examinador pressiona proximalmente à base da patela com a mão. O paciente então solicitado a contrair o quadríceps enquanto o examinador aplica mais força. O teste é positivo se o paciente não consegue completar a contração sem dor.

- Teste de Perkin: para sensibilidade patelar, com o joelho apoiado em extensão completa, as bordas das facetas medial e lateral são palpadas enquanto a patela é deslocada medial e lateralmente. No caso de condromálacia, esta manobra revela graus variáveis de sensibilidade.

- Teste de Waldron: identifica condromalácia da patela. O paciente faz diversas flexões lentas e acentuadas do joelho enquanto o examinador palpa a patela. O teste é positivo no caso de dor e crepitação durante o movimento.

- Teste de Recurvatum na Rotação Externa: detecta instabilidade rotatória póstero-lateral do joelho. Existem 2 métodos para esse teste. Ambos são feitos com o paciente em DD:
Primeiro Modo: o examinador eleva as pernas do paciente segurando no hálux do paciente. O teste é positivo se o tubérculo tibial roda lateralmente enquanto o joelho faz um recurvatum.
Segundo modo: o examinador flete o joelho a 30o ou 40o. O joelho então é lentamente estendido enquanto a outra mão do examinador segura a face póstero lateral do joelho para palpar o movimento. O teste é positivo no caso de hiperextensão e rotação lateral excessiva no membro lesado.

- Teste de Gaveta Póstero lateral de Hughston: detecta a presença de instabilidade rotatória posterolateral do joelho. O procedimento é semelhante ao teste postero-medial de Hughston, exceto que o pé do paciente é levemente rodado lateralmente. O teste é positivo se a tíbia roda posteriormente em demasia sobre a face lateral quando o examinador a puxa posteriormente.

- Teste da Gaveta Póstero medial de Hughston: identifica instabilidade rotatória posteromedial do joelho. O paciente em DD com o joelho fletido a 90o. O examinador fixa o pé em leve rotação

- Gaveta ativa do Quadríceps (LCP): senta-se no pé do paciente, em um ângulo de 90o, e pede-se que empurre o pé ativamente.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Testes articulares para o tornozelo



- Teste de Thompson: detecta rupturas no tendão de Aquiles. O paciente é colocado em DV ou de joelhos com os pés estendidos sobre a borda da cama. O terço médio da panturrilha é comprimido pelo examinador, e em caso de ausência de uma flexão plantar normal, deve-se suspeitar de ruptura do tendão de Aquiles.

- Sinal de Homan: detecta a existência de Estenose Venosa Profunda, na parte inferior da perna. O tornozelo é dorsifletido passivamente observando-se qualquer aumento repentino de dor na panturrilha ou no espaço poplíteo.

- Sinal de Gaveta Anterior: identifica instabilidade ligamentar do tornozelo. O paciente deita-se em DD e o examinador estabiliza a parte distal da tíbia e fíbula com uma mão enquanto segura o pé em 20o de flexão plantar com a outra mão. O teste é positivo se, ao trazer o talus para frente no encaixe do tornozelo, a translação anterior for maior do que a do lado não afetado.

- Teste de Kleiger: detecta lesões no ligamento deltóide. O paciente está sentado com os joelhos em 90o. O examinador segura o pé do paciente e tenta abduzir o ante-pé. O teste é positivo se o paciente se queixar de dor medial e lateralmente. O examinador pode sentir o talus se deslocar levemente do maléolo medial.

- Inclinação Talar: identifica lesões do ligamento calcaneofibular. O paciente está em DD ou em DL com o joelho fletido a 90o. Com o pé em posição neutra, o talus é inclinado medialmente. O teste é positivo se a adução do lado afetado for excessiva.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Testes articulares para o Quadril

A avaliação do paciente é parte fundamental de qualquer programa de reabilitação, a avaliação deve ser feita não somente no primeiro contato terapeuta-paciente e sim sistematicamente, para não dizer diariamente durante as sessões no transcorrer do tratamento. Os testes articulares são ferramentas se bem utlizadas, podem nos auxiliar na avaliação pré tratamento e podem nos dar indicativos dos resultados obtidos com o trabalho realizado, além de melhorar e humanizar o vínculo entre terapeuta e paciente. Em vários estudos realizados, comparando a eficiência entre os testes articulares com os achados nos exames complementares como Ressonância Magnética, Raio-x, ecografia etc.. constatou-se que os resultados se equivalem.

Testes para Quadril

- Teste de Patrick: usado para detectar artrite no quadril. Paciente em DD, o joelho é fletido, abduzido e rodado externamente até o maléolo lateral se apoiar no joelho oposto logo acima da patela. Nesta posição o joelho do lado a ser testado é levemente forçado para baixo; se ocorrer dor, o teste é positivo.

- Teste de Ober: usado para detectar contraturas da banda iliotibial. Paciente em DL, o membro inferior em contato com a mesa é fletido. O outro membro inferior, o qual está sendo testado, é abduzido e estendido. O joelho desse membro é fletido a 90o. o examinador então solta o membro para que volte para mesa; se o membro não voltar, o teste é positivo.

- Teste de Ortolani: identifica deslocamento congênito do quadril em lactentes. O lactente é posicionado em DD com os quadris fletidos a 90o e joelhos totalmente fletidos. O examinador segura as pernas dos lactentes de modo que seus polegares posicionem-se na parte medial das coxas e dos dedos na parte lateral das coxas do lactente. As coxas são abduzidas delicadamente, e o examinador aplica uma força leve nos trocanteres maiores com os dedos de cada mão. O examinador sentirá resistência a cerca de 30o de abdução e, se houver deslocamento, sentirá um estalido na redução do deslocamento.

- Teste de Galeazzi: detecta deslocamento unilaterais congênito do quadril em crianças. A criança é posicionada em DD com os quadris fletidos a 90o e os joelhos completamente fletidos. O teste é positivo se um joelho estiver mais alto que o outro.

- Teste provocativo de Barlow: identifica instabilidade do quadril em lactentes. Com o bebê na mesma posição usada para o teste de Ortolani, o examinador estabiliza a pelve entre a sínfise e o sacro com uma mão. Com o polegar da outra mão, o examinador tenta deslocar o quadril com uma pressão posterior leve mais firme.

- Teste de Trendelenburg: identifica a presença de um quadril instável, desnivelado. O paciente fica em pé sobre a perna a ser testada. O teste é positivo se o lado não sustentador de peso não se eleva quando o paciente fica em pé sobre um apoio (somente em um membro inferior, direito ou esquerdo). O teste positivo pode ser provocado por um deslocamento do quadril, fraqueza dos abdutores do quadril ou coxa vara.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Diferenças na utilização de pesos livres e resistências elásticas

Exercício com peso-livre

- Quando realizado com velocidade "lenta" e constante, a força sobre o implemento é constante.
- Quando realizado com velocidade "moderada" ou "rápida", a força sobre o implemento é maior no primeiro e no último terço do ciclo completo do exercício.
- Velocidade constante = força constante.
- Força maior no início da concêntrica e menor no final da concêntrica.
- Força menor no início da excêntrica e maior no final da excêntrica.

Exercícios com resistência elástica

- A força sobre o implemento é crescente.
- A velocidade de execução não altera a característica da força sobre o implemento.
- Força independente da velocidade.
- Força menor no início da concêntrica e maior no final da concêntrica.
- Força maior no início da excêntrica e menor no final da excêntrica.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Vitória da Fisioterapia II

CREFITO5/RS, em parceria com a Associação de Proprietários de Clínicas do RS, conquista importante vitória para a Fisioterapia no RS

Na terça-feira, dia 9 de março, o CREFITO5/RS participou de uma reunião no Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial da Secretaria de Saúde do RS, juntamente com representantes da Associação de Proprietários de Clínicas do RS, Dr. Jorge Nienow, Dr. Cláudio Barreto e Dra. Gina Tessari. Representando o DAHA, estava a Dra. Aglaé Regina Silva, Diretora do Departamento, e Dr. Christian Pacheco Medeiros, Fisioterapeuta do Departamento.

Segundo a Presidente do CREFITO5/RS, Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira, a reunião já está rendendo boas notícias. O encontro discutiu a questão da contratualização de serviços de Fisioterapia pelo Sistema Único de Saúde através da Secretaria Estadual de Saúde. No dia 12, sexta-feira, o CREFITO5/RS recebeu a notícia de que alguns dos ajustes propostos nesta reunião serão adotados, como o aumento do valor da assistência prestada. “Fomos informados de que, a partir de agora, será elevado o custo médio da assistência em Fisioterapia de R$ 5,00 para R$ 6,00 que, dentro do contexto da Saúde Pública, representa uma grande vitória. Estes ajustes ainda serão feitos para novos contratos e na renovação anual de cada contrato”, esclarece a Presidente do CREFITO5/RS. Outra das novas diretrizes do DAHA é o estabelecimento da inclusão da consulta para todos os contratos novos, renovações. A cada 10 sessões, o prestador terá uma consulta adicional no valor de R$ 6,30. “Esta é uma grande conquista, que mostrou a importância da união entre o CREFITO5/RS, a Associação dos Proprietários de Clínicas e o DAHA, que ouviu nossas reivindicações. A população e os fisioterapeutas só têm a ganhar”, conclui a Dra. Maria Teresa.

MAIS UMA CONQUISTA - O CREFITO5/RS recebeu hoje, 16 de março, a informação do DAHA que haverá, também, a contratualização dos serviços de Acupuntura pelo SUS. Porém, não serão apenas serviços de Fisioterapia, mas, também, os serviços das profissões que têm reconhecida a acupuntura como especialidade.