quinta-feira, 18 de março de 2010

Vitória da Fisioterapia II

CREFITO5/RS, em parceria com a Associação de Proprietários de Clínicas do RS, conquista importante vitória para a Fisioterapia no RS

Na terça-feira, dia 9 de março, o CREFITO5/RS participou de uma reunião no Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial da Secretaria de Saúde do RS, juntamente com representantes da Associação de Proprietários de Clínicas do RS, Dr. Jorge Nienow, Dr. Cláudio Barreto e Dra. Gina Tessari. Representando o DAHA, estava a Dra. Aglaé Regina Silva, Diretora do Departamento, e Dr. Christian Pacheco Medeiros, Fisioterapeuta do Departamento.

Segundo a Presidente do CREFITO5/RS, Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira, a reunião já está rendendo boas notícias. O encontro discutiu a questão da contratualização de serviços de Fisioterapia pelo Sistema Único de Saúde através da Secretaria Estadual de Saúde. No dia 12, sexta-feira, o CREFITO5/RS recebeu a notícia de que alguns dos ajustes propostos nesta reunião serão adotados, como o aumento do valor da assistência prestada. “Fomos informados de que, a partir de agora, será elevado o custo médio da assistência em Fisioterapia de R$ 5,00 para R$ 6,00 que, dentro do contexto da Saúde Pública, representa uma grande vitória. Estes ajustes ainda serão feitos para novos contratos e na renovação anual de cada contrato”, esclarece a Presidente do CREFITO5/RS. Outra das novas diretrizes do DAHA é o estabelecimento da inclusão da consulta para todos os contratos novos, renovações. A cada 10 sessões, o prestador terá uma consulta adicional no valor de R$ 6,30. “Esta é uma grande conquista, que mostrou a importância da união entre o CREFITO5/RS, a Associação dos Proprietários de Clínicas e o DAHA, que ouviu nossas reivindicações. A população e os fisioterapeutas só têm a ganhar”, conclui a Dra. Maria Teresa.

MAIS UMA CONQUISTA - O CREFITO5/RS recebeu hoje, 16 de março, a informação do DAHA que haverá, também, a contratualização dos serviços de Acupuntura pelo SUS. Porém, não serão apenas serviços de Fisioterapia, mas, também, os serviços das profissões que têm reconhecida a acupuntura como especialidade.

Vitória da Fisioterapia I

O Diário Oficial da União publicou, no dia 25 de fevereiro, a nova redação para as normas técnicas de unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A vitória, comemorada por todos os fisioterapeutas, foi uma conquista da Sociedade Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva (ASSOBRAFIR), em parceria com o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO).

A resolução dispõe sobre os requisitos mínimos para o funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva de várias áreas, dentre elas a da Fisioterapia. A partir desta resolução será obrigatório, na UTI, a presença de um coordenador da área de fisioterapia com especialização em terapia intensiva ou em outra especialidade relacionada à assistência ao paciente grave, de acordo com a modalidade de atuação (adulto, pediátrica ou neonatal). A resolução também estipula o número mínimo de um fisioterapeuta para cada 10 leitos nos turnos matutino, vespertino e noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de atuação.

O presidente do Coffito, Roberto Cepeda, ressalta a importância dessa conquista. “Com essa resolução o sistema de saúde diminuirá o tempo de internamento dos pacientes em UTIs, reduzindo o custo dispensado com saúde e valorizando os profissionais, além de oferecer cada vez mais qualidade no atendimento a população.”, afirma Cepeda

Segundo a doutora Sara Menezes, diretora presidente da ASSOBRAFIR, essa vitória é um reconhecimento da competência e respeitabilidade da profissão, visto que a presença de um coordenador especialista nas UTIs irá propiciar a atuação da fisioterapia baseada em indicadores de qualidade e protocolos baseados em evidência científica, aliados a conhecimentos de gestão. “Todas essas estratégias irão proporcionar as estatísticas e evidências necessárias para vitórias futuras”, afirma Menezes

Roberto Cepeda aproveita a oportunidade para parabenizar a ANVISA por ter atendido esse pleito, que é de suma importância para a população e de extrema necessidade para a categoria.

Contexto histórico:

No dia 1º de julho de 2009, em Brasília, a ASSOBRAFIR juntamente com outras associações, participou da solenidade de assinatura de convênio com o COFFITO, para formatação de novos parâmetros e critérios para formação do especialista. No mesmo mês, o Conselho convidou a ASSOBRAFIR, para, juntos, discutir o novo regulamento técnico que estabelece os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), que foi elaborado pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

No dia 30 de julho de 2009, reuniram-se no prédio da ANVISA representantes do COFFITO, AFB e ASSOBRAFIR para iniciar discussões sobre a participação do profissional fisioterapeuta na nova resolução sobre os requisitos mínimos pra funcionamento das UTIs. Após essa reunião, a ASSOBRAFIR elaborou o documento, que foi chancelado por todas as associações envolvidas, no qual justificava suas solicitações a partir de evidências científicas e enviou a ANVISA.

Este é apenas um pequeno, porém, valoroso e definitivo passo no longo caminho do reconhecimento das especialidades. Juntos, COFFITO e associações científicas irão construir uma Fisioterapia cada vez mais forte e respeitada.

Fonte: Site do COFFITO

Confira aqui a Resolução RDC nº 7/2010 da Anvisa na íntegra.

Publicado em: 09/03/2010 às 17:21

quinta-feira, 11 de março de 2010

Síndrome Fêmoro-Patelar

Existem diversas patologias relacionadas à articulação femoropatelar, sendo a síndrome fêmoro-patelar (SFP) uma das mais comuns e desafiadoras de tratar, compreendendo 25% dos diagnósticos nas clínicas ortopédicas e 30 a 33% dos casos na medicina esportiva e nos centros de reabilitação, ocorrendo mais freqüentemente em mulheres.
A SFP resulta de um desequilíbrio das forças direcionadas à patela durante seu movimento normal. O paciente é geralmente jovem e ativo e sofre de dor retro-patelar e peri-patelar resultante de longos períodos sentado(sinal do cinema), agachado, ajoelhado, subindo ou descendo escadas, geralmente de início insidioso e progressão lenta. Estas atividades aumentam as forças compressivas da articulação femoropatelar que exacerbam a dor nestes pacientes, geralmente os pacientes relatam os sintomas após uso excessivo da articulação do joelho ou mudança da intensidade das atividades.
Clinicamente, sujeitos com dor femoropatelar relatam limitações na marcha, particularmente durante o subir e descer escadas e andar em planos inclinados. O desconforto associado com essas atividades geralmente resulta em modificação nos padrões da marcha, numa tentativa de reduzir as demandas musculares e, conseqüentemente, a dor.
Dentre os fatores biomecânicos mais freqüentemente relacionados ao desenvolvimento da SFP, destacam-se o desequilíbrio estático e dinâmico. Entre as alterações no equilíbrio estático, alguns autores afirmam que anormalidades como pronação subtalar excessiva, aumento do ângulo Q, torção tibial externa, retração do retináculo lateral, dos músculos isquiotibiais e do trato iliotibial, patela alta ou baixa, medializada ou lateralizada, anteversão femoral, joelhos valgos e um comportamento patelar inadequado podem causar dor anterior do joelho. Entretanto, outros autores relacionam a SFP com o desequilíbrio dos estabilizadores dinâmicos, principalmente entre os componentes mediais e laterais e, mais recentemente, a porção oblíqua do vasto lateral, o vasto lateral oblíquo.
Considera-se atualmente o desequilíbrio da musculatura extensora, a insuficiência do VMO, a fraqueza dos músculos do quadril, a atividade excessiva, a diferença entre o início da contração muscular (onset) entre VMO e VL como fatores contribuintes para a origem da dor anterior no joelho. Nessa situação, ocorreria um desequilíbrio entre os músculos estabilizadores primários da patela.
A força gerada pelo músculo vasto lateral, não sendo adequadamente equilibrada pela força medial do vasto medial oblíquo, resulta em deslocamento lateral e mau alinhamento da patela. O músculo vasto medial oblíquo age como um estabilizador medial para a patela e mantém um alinhamento patelofemoral apropriado durante o movimento do joelho. O desequilíbrio entre o vasto medial obliquo e o vasto lateral resulta em um tracionamento anormal da patela, e conseqüentemente em dor. Então, o reforço muscular do vasto medial obliquo é crucial na reabilitação da síndrome da dor patelofemoral e o principal objetivo da reabilitação são os exercícios que devem modular as atividades relativas dos músculos nos lados medial e laterais para balancear a força de tração patelar.
Para indivíduos com SFP há a hipótese de que a dor e o aumento dos estresses articulares anormais, conseqüentes do mau tracionamento da patela, possam levar à anormalidade na propriocepção do joelho. O tracionamento alterado afetaria a magnitude e a distribuição das forças atuantes na articulação femoropatelar, especialmente as pressões no interior da articulação. Desse modo, a sensação de compressão, incluindo a sensação de dor, poderia contribuir para a diminuição da propriocepção do joelho.
O tratamento conservador tem-se mostrado eficaz para a SPF, relatando êxito na reabilitação conservadora em 76%. Porém, se não tratada corretamente, na evolução da SPF ocorrem fissuras na cartilagem articular da patela, a partir destas fissuras a cartilagem pode iniciar um processo de desgaste mais acelerado que pode degenerar a cartilagem até o osso subcondral. Para que isso não ocorra, deve-se tratar da SPF e das suas alterações. Em aproximadamente 10 a 20% dos pacientes, o tratamento conservador não apresenta melhora significativa, com dor em atividades da vida diária ou em alguma atividade esportiva mais vigorosa. Indica-se em último caso o tratamento cirúrgico para casos de insucesso com o tratamento conservador, ou em casos de instabilidade patelar com episódios recidivantes de luxações.
A reabilitação tem como objetivo restaurar a coordenação normal da atividade muscular, especialmente durante movimentos funcionais, usando fortalecimento dos estabilizadores dinâmicos da articulação femoropatelar, com ênfase no vasto medial oblíquo, alongamento dos músculos encurtados, controle motor, uso de modalidades terapêuticas e uso de antiinflamatórios. Estas intervenções podem ser associadas com um resultado clínico positivo incluindo a redução da dor, melhora da função e diminuindo a recorrência da dor. Uma vez que o tratamento conservador é sempre enfatizado como a primeira linha de ação em prol da reabilitação dos indivíduos acometidos por esta síndrome, é importante ao Fisioterapeuta ter pleno conhecimento quanto a biomecânica e as formas de tratamento da SFP utilizadas.

domingo, 7 de março de 2010

Revista Empreende Saúde


Atualmente cada vez mais vivemos em uma esfera de competição. Não sendo mais apenas necessário ser "o melhor", ser atualizado e dominar as mais diversas técnicas de tratamento, mas necessitamos sermos criativos e empreendedores.
Nós somos pequenas marcas, empresas e para tal precisamos expandir nossos focos de atuação e maneiras de atuação. Ter conhecimentos nas áreas de adiministração, empreendedorismo, marketing pessoal está mais e mais sendo necessário e o que percebo que quem tem isto hoje é como diz o ditado " em terra de cegos quem tem um olho é rei"
Portanto vou dar uma dica de uma idéia muito legal da Lívia Souza, nossa colega autora do blog Papo de Fisio, ela criou uma revista virtual sobre este assunto, com um texto leve, crítico e bem escrito, traz artigos e comentários muito bons para quem se interessa ou quer aprender mais sobre uma área que possui amplas ramificações que não foram ainda descobertas. O nome da revista é Revista Empreende Saúde. Aproveitem esta nova ferramente de engrandecimento profissional e boa leitura


terça-feira, 2 de março de 2010

A importância de ter contatos

Uma das maiores lições do ano passado foi descobrir a importância de ter e conseguir novos contatos. Os recém formados saem das universidades apenas conhecendo e tendo como exemplos seus professores e seus colegas, e o mundo real é muito maior que este pequeno espaço de convívio profissional. A busca para conhecer outras pessoas, outros Fisioterapeutas, Médicos, Educadores Físicos etc.. é fundamental para todos os profissionais em todos os momentos.
Os contatos te abrem portas das mais diversas possíveis, te mostram caminhos, mostram alternativas, indicações, oportunidades de negócios, outras realidades e principalmente te fazem ser conhecido. O profissional por melhor que seja não consegue aumentar seu raio de ação sem se mostrar. O que não é visto não é lembrado, certo? Agora quem não se expõe, não se mostra para os outros também não será lembrado.
Portanto, utilizem-se de todos os meios para criar uma rede de contatos. Conversem com outros profissionais da área da saúde, crie novos vínculos e não esqueçam das pessoas que vocês já conhecem e dos seus amigos.
Os dias de hoje nos possibilita falar com pessoas dos 4 cantos do mundo, seja por e-mail, telefone, Orkut, Skype, Facebook, Twitter, Blog, e o melhor e mais eficaz que é a conversa direta um com o outro. Existem mil maneiras para se fazer sua rede de contatos, o que não pode é a desculpa de não ir atrás.